sexta-feira, 23 maio, 2025
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Dia da Mulher Negra: em busca de um avanço jurídico e social de igualdade

Hoje, muito mais do que uma pauta, trago uma importante bandeira de luta e de resistência. Aliás, uma bandeira de luta histórica, porém que por muito tempo ficou velada, mascarada e distanciada das narrativas tradicionais e oficiais. O dia 25 de julho é o Dia da Mulher Negra, uma data que merece ser celebrada por suas conquistas, mas, acima de tudo, refletida e referenciada no centro dos debates políticos e nos gritos de reinvindicações por direitos.

Essa data existe para protagonizar a luta de quem é tido como minoria social, mesmo que compondo a maioria quantitativa da população. Nesse contexto, diante do Mapa de Violência e dos censos governamentais que indicavam a estrutura social de desigualdade é que houve o reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e do movimento da Rede de mulheres dessas localidades, que começaram a promover encontros reconhecidos em 1992.

A partir disso, importantes mudanças aos poucos começaram a aparecer no Brasil, é o caso da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que incluiu a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-Brasileira” no currículo oficial da Rede de Ensino, reconhecendo também a luta dos negros, a cultura negra brasileira e o envolvimento dos negros na história do Brasil, segundo o §1º da mencionada lei.

Anos depois, em 2014, foi sancionada a Lei n.º 12.987/14, que decretou o dia 25 de julho como o Dia Nacional da Tereza de Benguela e da Mulher Negra no Brasil, reforçando o destaque e a valorização de partes da história nacional que não eram divulgadas, consideradas e prestigiadas!

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Professora de História, Iara Odila Nunes

Me conta, você sabia que existia o dia da Mulher Negra, entendia seu objetivo ou, por acaso, conhece a importante figura história que foi a Tereza de Benguela? Esse é um questionamento relevante por demonstrar que uma temática que deveria ser de conhecimento geral, muitas vezes acaba não sendo e fica o questionamento do porquê…

Ainda que o Brasil seja um país multicultural e de miscigenação muito expressiva, é surpreendente como estamos distantes de conquistar uma democracia racial, um respeito social verdadeiro aos povos conhecidos como minoritários e a valorização de nossa história nacional própria, sem importações ou supervalorização do estrangeiro, auto-colocados como desenvolvidos.

Nesse sentido, agradeço os valiosos depoimentos e análises sociais das educadoras Iara Odila, Andréa das Chagas e Elvira Machado, assim como da Estela Machado, Presidente da Entidade Negra Bastiana de Criciúma (ENEB). Obrigado por abrirem esse importante espaço cujo caminho a ser alcançado é o da transformação.

Agradeço também ao Portal de Notícia Içara News pela liberdade e e, ao apoio da Legado Comunicação por ofertar o e técnico para captação e edição do material audiovisual e a todos os profissionais envolvidos.

Convido a todas e todos para que assistam esse breve documentário relatado pelas notáveis mulheres ativistas que mencionei e torço para que todos os dias possamos reconhecer, enquanto indivíduos e sociedade, as falhas e lacunas que precisamos enfrentar para promover verdadeira igualdade e respeito a todos, em todas as esferas da vida em coletividade.

Até a próxima!

Atenciosamente,

Matheus Bicca Menezes.

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