O doador foi um homem de 43 anos que, após sofrer uma parada cardiorrespiratória (PCR), teve morte encefálica confirmada. Mesmo em meio a esse momento delicado e de dor, os familiares aceitaram a doação de órgãos. Foram captados os rins e o globo ocular. “É um processo extremamente minucioso, mas também muito nobre. Cada captação carrega uma história, uma família e uma decisão que faz toda a diferença na vida de quem espera por um transplante”, explica a enfermeira da Comissão Hospitalar de Transplantes – CHT, Renata Mendes Machado. A coordenação da sala cirúrgica dessa noite, contou com enfermeiras Morgana Carboni e Jaqueline Martins.

De acordo com as enfermeiras Roseli Canela e Renata Mendes, responsáveis pela abordagem e acompanhamento familiar, a atitude da família conta muito neste momento demonstrando um gesto transformador, tanto para quem doa quanto para quem recebe.

“Elas entenderam que, mesmo no momento mais difícil, poderiam ajudar outras famílias. A doação de órgãos não é só sobre salvar vidas. É sobre transformar a dor em amor e esperança”, ressaltam.

O Hospital São José é referência na região pela sua estrutura de alta complexidade e também pelo trabalho humanizado no processo de doação de órgãos. Cada processo de captação é realizado por uma equipe multiprofissional que envolve médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, além da parceria com a SC Transplantes.

Com 12 doações realizadas somente em 2025, o hospital reforça a importância de falar sobre o tema. “Conversar sobre doação de órgãos em vida é essencial. Quem decide e   autoriza a doação de órgãos, são os familiares de primeiro grau. Por isso, é fundamental que esse desejo seja compartilhado”, pontua a enfermeira Morgana Carboni.

Comunique sua família sobre sua intenção de se tornar um doador de órgãos.

Doar órgãos é um gesto de amor que pode salvar vidas. Um único doador pode salvar e ajudar na vida de até oito pessoas.

Texto: Katia Farias