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O inquérito policial que apurou as causas da morte do adolescente de 13 anos, morto no dia 7 de abril em confronto com a Polícia Militar em Balneário Rincão apontou legítima defesa por parte dos policiais que atiraram na vítima, após ela sacar uma arma e apontar contra os policiais. “O inquérito foi concluído e apontou legítima defesa, adolescente possuía envolvimento com organizações criminosas”, explicou o delegado de Içara e responsável pela investigação do caso, Rafael Marin Iasco.

Para que o inquérito fosse concluído, a equipe de investigação realizou diversas diligências e várias testemunhas foram ouvidas. Lembrando que no dia 7 de abril, conforme informações readas pela Polícia Militar, por volta das 18h, no bairro Mirassol, em Balneário Rincão, os policiais estavam realizando rondas na localidade, quando dois suspeitos ao notarem a presença da polícia saíram correndo. Durante o acompanhamento, o adolescente, de 13 anos, sacou uma arma de fogo e tentou efetuar disparos contra um policial militar, que reagiu e efetuou três disparos, atingindo o adolescente, que morreu no local da ocorrência.

Segundo a Polícia Militar, o adolescente já era conhecido no meio policial por envolvimento com o tráfico de drogas. Na ocorrência, a polícia apreendeu um revólver calibre 32, seis munições, um celular, oito pedras de crack e R$ 20.

Família contesta

Ainda durante o curso das investigações, a família representada pelo advogado Henrique de Oliveira Basquiroto, contestou a versão da Polícia Militar ao emitir uma nota oficial à imprensa. Segundo o documento, o adolescente era portador de transtornos psiquiátricos e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e suspeita de autismo. Ele fazia uso contínuo de medicações controladas e já apresentava histórico de uso de maconha.

A família relata ter buscado diversas alternativas para garantir tratamento adequado, incluindo tentativas frustradas de internação em clínicas psiquiátricas, recusadas por conta da idade do adolescente. A família chegou a registrar um boletim de ocorrência visando a internação compulsória, por recomendação médica. Procurou o Ministério Público uma semana antes do ocorrido, reiterando o pedido de internação compulsória e relatando também que o adolescente estava sendo agredido por policiais em abordagens anteriores.

O advogado complementa que a família deseja, acima de tudo, a verdade dos fatos. Há um sentimento legítimo de que a vida do adolescente poderia ter sido preservada e de que houve uma falha grave no uso da força. O processo seguiu para o Fórum da Comarca de Içara e irá ser analisado pelo Ministério Público.

 

Colaboração: José Adílio – Jornal Tribuna de Notícias 

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